Universidades do Minho e Coimbra criam centro de investigação

As Universidades, do Minho e de Coimbra, criaram um centro de investigação comum, na área dos projectos de construção civil e arquitectura, que integra investigadores de estruturas das duas instituições, disse, esta quinta-feira, à Lusa um dos participantes.

Paulo Cruz, engenheiro civil e professor da Universidade do Minho, adiantou «os objectivos do grupo de estudos consistem no desenvolvimento de uma abordagem global, baseada na sustentabilidade e na redução do risco, com uma visão de ciclo de vida - cobrindo todas as fases da vida de uma estrutura».

Impacto ambiental, social e económico

O anúncio foi feito no 7º Congresso Internacional de Pontes Metálicas que decorre na Universidade do Minho, em Guimarães. Com organização conjunta da Universidade do Minho, da CMM (Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista) e da ECCS (European Convention for Constructional Steelwork), o evento junta mais de 200 especialistas de 30 países.

Paulo Cruz refere que existem muitos factores a ter em conta na construção de uma ponte como o impacto ambiental, social e económico.

Acrescentou que a análise integrada destes aspectos constitui uma das linhas da investigação do grupo de universitários do Minho e de Coimbra, intitulado «Steel and Mixed Construction Technologies» e que se integra no «Institute for Sustainability and Innovation in Structural Engineering»

Ciclo de vida dos materiais

«O ciclo de vida sustentável dos materiais de construção envolve as fases de extracção das matérias-primas, transporte primário para o local de transformação, transformação/ fabricação, transporte secundário para o local da obra, e construção», explicou Paulo Cruz.

Paulo Cruz salientou também a importância da inclusão no ciclo de vida dos materiais de fases como o funcionamento da estrutura ao longo da sua vida útil, a substituição de materiais e, inclusivamente, a demolição da obra.

«Nos últimos anos se assiste a uma crescente preocupação pela conservação de pontes, impulsionada por diversos factores: o aumento significativo do número de pontes; o considerável envelhecimento do «parque» de pontes e a ocorrência de alguns acidentes graves», sublinhou o engenheiro.

Fonte: Diário